Prefeito de Primavera do Leste (231 km ao Sul), Leonardo Bortolin (MDB) compartilhou um vídeo em seu perfil nas redes sociais em que convoca a população do município para integrar o movimento “Primavera pelo Brasil”, que irá realizar manifestações nesta sexta-feira, 4, às 15h, no sábado, 5, às 9h e no domingo, 6, às 16h.
O vídeo tem circulado pelo Facebook e também pelo WhatsApp. O chefe do Executivo de Primavera do Leste reuniu líderes de entidades da cidade, que não aceitam o resultado das eleições.
“A partir de hoje inicia o movimento ‘Primavera pelo Brasil’ representado aqui não por entidades, mas pelas lideranças que as compõem, como o presidente da Associação Comercial, da CDL, Execuvito, Legislativo, a Frente das mulheres, empresários, Sindicato Rural, enfim, todos unidos pela nossa nação. E nesse propósito Primavera do Leste se mobiliza através de todas as lideranças e convoca a população para […] fazermos grandes ações em prol da nossa nação, da Pátria, da família e de Deus”.
Algumas pessoas criticaram o prefeito na publicação em que compartilhou o convite. Um disse “prefeito cuida da sua população, estão matando muito aí, cadê a segurança da cidade” e outro respondeu “ele nem tem vergonha na cara dele, tem que fazer isso que eles estão fazendo, quando a colheita da soja e milho deles começar ele é outro, não ganha política em primavera nunca mais”. Outros comentários com críticas foram apagados.
Manifesto
Também circula pela internet o documento “Manifesto público brasileiro em defesa da justiça e da democracia!”, que contém ataques aos membros do Poder Judiciário e um pedido para que haja “nova eleição com voto impresso auditável”. A assessoria do prefeito Leonardo Bortolin esclareceu que ele não tem envolvimento com o compartilhamento.
Os autores do manifesto dizem no documento que estão “engrossando as manifestações públicas desde o último dia 31 de outubro” e que não são “fascistas, vagabundos, golpistas ou antidemocráticos”. O grupo, porém, contesta o resultado das eleições.
“Somos trabalhadores, pais de família, patriotas e defensores da justiça, liberdade e da democracia que perdemos a confiança naqueles que deveriam ser os guardiões da nossa constituição e nela apoiar-se para, dentre outras coisas, garantir a imparcialidade, lisura e transparência do processo eleitoral realizado recentemente”.
Apesar de não apresentarem provas, afirmam que têm “clara convicção de que fomos traídos por um processo eleitoral totalmente viciado, com inúmeras irregularidades” e que por isso decidiram tomas as ruas.
“Não nos cabe questionar o resultado de um pleito democrático, pois somos cumpridores de nossos deveres e defensores da Lei, da Pátria e da Família, e é justamente por esses valores que, indignados com o evidente vício no processo eleitoral finalizado no dia 31 de outubro de 2022, por livre escolha e determinados a lutar por nosso país, resolvemos tomar as ruas, sem violência e em oração, para clamar por justiça”.
Também citaram Platão, com a fala “o juiz não é nomeado para fazer favores com a justiça, mas para julgar segundo as leis”, e criticaramm a atuação do Poder Judiciário afirmando que o processo eleitoral teve “inúmeras irregularidades, praticadas por uma evidente juristocracia”.
“Decisões autocráticas do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, os quais passaram a determinar, sem embasamento constitucional sólido, sem previsão no código penal e em notório ativismo judicial, uma evidente censura a essas pessoas”.
Também criticaram o Inquérito das “Fake News” e, além de pedir novas eleições, requisitaram ao senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, a leitura e submissão dos pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, com consequente votação pelo Congresso.
“Diante dessas injustas e inquestionáveis interferências no processo eleitoral, praticada pelas cortes já citadas, a qual acreditamos que teve o evidente propósito de beneficiar o candidato eleito, é que denunciamos o vício no processo eleitoral e, clamando por justiça, pelo exercício integral dos nossos direitos políticos e exercendo nossa, ainda constitucional e sagrada, liberdade de expressão reivindicamos o reconhecimento e declaração de nulidade do processo eleitoral para o cargo de Presidente da República, buscando por nova eleição com voto impresso auditável”.
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